Argumentar ...
Quando partilhamos as nossas ideias, quando defendemos algo ou recusamos, socorremo-nos da nossa capacidade comunicativa/argumentativa. O acto de Argumentar é, portanto, um acto de Comunicação.
A Argumentação é, como se compreende facilmente, um acto presente no nosso dia a dia: desde a fundamentação perante os outros das nossas opções religiosas ou políticas, até ao dar razões porque é que preferimos pastéis de nata e não outro bolo, o processo argumentativo acompanha-nos permanentemente.
A Argumentação é, por isso, sempre um acto racional de Pensamento e Discurso: dar razões de forma coerente e consistente acerca de...
Ou seja: eu socorro-me - quer para elaborar o meu Discurso Interno ( o meu Pensamento), quer para expressá-lo pelo Discurso do Dizer (fala, escrita, pintura, dança, etc.) - da Argumentação.
Sirvo-me das competências argumentativas para explicar e justificar. Isto tanto para mim mesmo, como para os outros.
Ao contrário da Lógica Formal, a argumentação não Demonstra de forma inequívoca e inquestionável... A Argumentação trata dos 'assuntos' que são da ordem do não demonstrável, mas sim do plausível, provável, verosímil.
E isto não significa que a Argumentação é uma parente pobre e destituída de intelecto em relação à Lógica e ao Cálculo Matemático.
Acontece pelo contrário que as questões quotidianas e as grandes questões da humanidade (lembras-te?: 'Quem sou?', 'Donde Venho?' ,'Para onde vou?', ' Que faço aqui?'...) andam , por muito que nos custe, não à volta de certezas demonstráveis ou cientificamente prováveis, mas tocadas pelo incerto, pelo verosímil, o viável, o discutível, o provável, o plausível.
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