Estética: Pensar e Experienciar
Temos pensado a estética, debatido questões relacionadas, contemplado e discutido algumas reproduções de obras de arte...
Mas isso não basta! Há que experienciar em primeira mão a sensação estética. Cinema, poesia, escultura e pintura, música e dança...
Há que procurar, contudo, bons objectos de contemplação: é sempre bom desconfiar do fácil - sem desculpá-lo com o epíteto da simplicidade- a facilidade não motiva, não desafia e não engrandece. Se algo oferece alguma resistência à nossa apreensão, então há que aceitar o desafio e deixar-se tocar pelo novo.
É preciso fugir do preconceito que contamina a experiência do novo inibindo-a do sentimento de 'agradável e surpreendente novidade'.
Talvez o habitual seja seguro, mas terá muito mais a oferecer ?! É próprio dos seres humanos a busca e, até, a necessidade sentida da novidade, da criatividade, do surpreeendente e inesperado...
Deixar-se tomar pela agradável experiência do sentir estético é não só profundamente humano, mas até catártico e redentor: num tempo em que a massificação se faz sentir dos afectos ao pensar, do estar ao usar, há que, mais do que nunca, procurar, valorizar e imergir em mundos outros. Senão estreitar-se-à cada vez mais a nossa mente que se tornará mais permeável à obediência massificada, à concordância acrítica, à monotonia das formas externas, do sentir e do pensar.
Fica, portanto, o convite e o apelo para uma saída até aos mundos novos das obras de arte - passadas ou atrevidamente contemporâneas - não te assustes, nem te centres muito na questão de as compreender, ou não. Procura sobretudo senti-las. E deixar-se levar, não apenas pela cognição, mas também pela sensibilidade e pela imaginação.
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