A DÚVIDA METÓDICA cartesiana
A DÚVIDA é por demais fundamental em Descartes pois ela decorre de modo directo da Primeira Regra do Método: ‘nada aceitar por verdadeiro, a não ser o que for claro e distinto, indubitável’.
Tudo o que levantar a mínima suspeita, inconsistência, ou não oferecer absoluta certeza, deve ser afastado de imediato.
Descartes apenas não se propõe duvidar das questões e conteúdos da Fé, para ele estes estão num outro plano pois não dizem respeito ao conhecimento ‘natural’, humano, mas ao sobrenatural e Revelado.
Contudo, não é demais chamar a atenção de que a DÚVIDA cartesiana não é nunca um ponto de chegada – como no caso dos cépticos – ela é um MEIO, Método, na busca de princípios firmes e indubitáveis.
Quais são as razões para Descartes apontar a Dúvida como método para depurar o conhecimento de fracas/falsas ‘verdades’?
- Porque muitas vezes os nossos juízos são precipitados;
- Devido aos preconceitos (pré-conceitos) que deixámos instalar em nós;
- Porque os sentidos nos enganam, e muito do nosso conhecimento está sustentado neles;
- Porque não temos um critério seguro que nos permita distinguir o sono da vigília, e não podemos garantir se quando julgamos estar acordados, não estaremos de facto a dormir;
- Porque até em demonstrações matemáticas nos enganamos por vezes;
- Podemos ser iludidos e afastados da verdade até por qualquer ser maligno, como um ‘génio enganador’ que nos faça estar errados, quando afinal exercemos o pensamento procurando a certeza e a evidência.
Assim, pelo acima exposto, e enunciado por Descartes, a DÚVIDA possui as seguintes características:
. É Metódica – um método, um meio para alcançar conhecimento mais seguro;
. É Provisória - e não a afirmação céptica acerca da definitiva impossibilidade do conhecimento;
. É Hiperbólica – isto é, exagerada, extensa – abate-se sobre tudo o que não seja seguro;
. É Demolidora – nada deixa de pé, desde que não seja indubitavelmente seguro, à sua passagem;
. É Universal – incide sobre todo o conhecimento humano;
. É Radical – não se fica apenas pela superfície, mas dirige-se até aos fundamentos do conhecimento.
. É Catártica – purificadora, pois liberta o pensamento humano dos erros perturbadores do verdadeiro conhecimento.
Tudo o que levantar a mínima suspeita, inconsistência, ou não oferecer absoluta certeza, deve ser afastado de imediato.
Descartes apenas não se propõe duvidar das questões e conteúdos da Fé, para ele estes estão num outro plano pois não dizem respeito ao conhecimento ‘natural’, humano, mas ao sobrenatural e Revelado.
Contudo, não é demais chamar a atenção de que a DÚVIDA cartesiana não é nunca um ponto de chegada – como no caso dos cépticos – ela é um MEIO, Método, na busca de princípios firmes e indubitáveis.
Quais são as razões para Descartes apontar a Dúvida como método para depurar o conhecimento de fracas/falsas ‘verdades’?
- Porque muitas vezes os nossos juízos são precipitados;
- Devido aos preconceitos (pré-conceitos) que deixámos instalar em nós;
- Porque os sentidos nos enganam, e muito do nosso conhecimento está sustentado neles;
- Porque não temos um critério seguro que nos permita distinguir o sono da vigília, e não podemos garantir se quando julgamos estar acordados, não estaremos de facto a dormir;
- Porque até em demonstrações matemáticas nos enganamos por vezes;
- Podemos ser iludidos e afastados da verdade até por qualquer ser maligno, como um ‘génio enganador’ que nos faça estar errados, quando afinal exercemos o pensamento procurando a certeza e a evidência.
Assim, pelo acima exposto, e enunciado por Descartes, a DÚVIDA possui as seguintes características:
. É Metódica – um método, um meio para alcançar conhecimento mais seguro;
. É Provisória - e não a afirmação céptica acerca da definitiva impossibilidade do conhecimento;
. É Hiperbólica – isto é, exagerada, extensa – abate-se sobre tudo o que não seja seguro;
. É Demolidora – nada deixa de pé, desde que não seja indubitavelmente seguro, à sua passagem;
. É Universal – incide sobre todo o conhecimento humano;
. É Radical – não se fica apenas pela superfície, mas dirige-se até aos fundamentos do conhecimento.
. É Catártica – purificadora, pois liberta o pensamento humano dos erros perturbadores do verdadeiro conhecimento.
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