As REGRAS do MÉTODO - Descartes
Na procura de um Conhecimento Universal e Necessário, não espanta que Descartes se inspire na Matemática, pois, afinal, o que Descartes procura para o conhecimento filosófico, é um tipo de conhecimento que possa oferecer as características de segurança, evidência lógica irrecusável do tipo matemático. O objectivo de Descartes é o estabelecimento de um conhecimento logicamente necessário e UNIVERSALMENTE VÁLIDO.
As Regras do Método que instaura para a construção desse objectivo só podem, portanto, ter uma inspiração claramente matemática:
“ Em lugar daquele grande número de preceitos que constituem a lógica, julguei que me bastariam os quatro seguintes (…).
O primeiro consistia em nunca aceitar coisa alguma por verdadeira, sem que a conhecesse evidentemente como tal, ou seja, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e não incluir nada mais nos meus juízos senão o que se apresentasse tão claramente e tão distintamente ao meu espírito, que não tivesse nenhuma ocasião de o pôr em dúvida.
O segundo consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver.
O terceiro consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objectos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros.
O último consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir.”
As Regras do Método que instaura para a construção desse objectivo só podem, portanto, ter uma inspiração claramente matemática:
“ Em lugar daquele grande número de preceitos que constituem a lógica, julguei que me bastariam os quatro seguintes (…).
O primeiro consistia em nunca aceitar coisa alguma por verdadeira, sem que a conhecesse evidentemente como tal, ou seja, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e não incluir nada mais nos meus juízos senão o que se apresentasse tão claramente e tão distintamente ao meu espírito, que não tivesse nenhuma ocasião de o pôr em dúvida.
O segundo consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver.
O terceiro consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objectos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros.
O último consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir.”
R. Descartes, Discurso do Método
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