2007-01-17

Kant - a Moral como consciência da obrigação

" No caso da moral, é claro que as coisas se tornaram mais complicadas por causa da impossibilidade de demonstrar a existência de um acto genuinamente moral. Todavia, unicamente, a presença em nós da obrigação, que nunca deve ser seguida de efeitos, representa para Kant, o ponto de partida de toda a filosofia prática, carácter admirável da humanidade, analogon ético do céu estrelado por cima das nossas cabeças."
O. Dekens

2007-01-15

O IMPERATIVO CATEGÓRICO kantiano

" Kant acreditava que, como seres humanos racionais, temos certos deveres. Estes deveres são categóricos: por outras palavras são absolutos e incondicionais - deveres como 'deves sempre dizer a verdade' ou 'nunca deves matar ninguém'. Estes deveres são válidos sejam quais forem as consequências que possam advir de se lhes obedecer. Kant pensava que a moral era um sistema de imperativos categóricos: mandamentos para agir de determinadas maneiras."

N. Warburton

2007-01-10

DESCENTRAMENTO do EU

" Pormo-nos no lugar do outro é algo mais do que o começo de toda a comunicação simbólica com ele: trata-se de levar em conta os seus direitos. E quando os direitos faltam é preciso compreender as suas razões. Porque há uma coisa a que qualquer homem tem direito frente aos outros homens, ainda que seja o pior de todos os homens: tem direito - direito humano - a que um outro tente pôr-se no seu lugar e compreender o que ele faz e o que ele sente. Mesmo que seja para o condenar em nome de leis que toda a sociedade deve admitir. Numa palavra, pores-te no lugar do outro é tomá-lo a sério, considerá-lo tão plenamente real como tu próprio. "
F. Savater

Dever Moral

" (...) E exactamente aí é que começa o valor do carácter, que é moralmente sem comparação o mais alto e que consiste em fazer o bem, não por inclinação, mas por dever. Uma acção praticada por dever tem o seu valor, não no propósito que com ela se quer atingir, mas no princípio que a determina; não depende, portanto, da realidade do objecto da acção, mas somente do princípio do querer segundo o qual a acção, abstraindo de todos os objectos da faculdade de desejar, foi praticada.
Dever é a necessidade de uma acção por respeito pela lei. Pelo objecto, como efeito da acção em vista, posso eu sentir na verdade inclinação, mas nunca respeito, exactamente porque é simplesmente um efeito e não a actividade de uma vontade. "
I. Kant

Da Bondade e da Maldade das Acções

" O que faz com que uma acção seja boa ou má? Que queremos dizer quando afirmamos que alguém devia ou não devia fazer qualquer coisa? Como devemos viver? Como devemos tratar as outras pessoas? Estas são as questões fundamentais que os filósofos têm discutido desde há milhares de anos. Se não pudermos dizer por que razão as coisas como a tortura, o assassínio, a cueldade, a escravatura, a violação e o roubo são eticamente erradas, que justificação podemos ter para as impedir? É a moral unicamente uma questão de preconceito, ou poderemos dar boas razões a favor das nossas crenças morais? A área da filosofia que trata destas questões é usualmente conhecida quer como ética quer como filosofia moral (...)."
Warburton

Bem-Fazer e Egoísmo

" Os que defendem o egoísmo descobriram que qualquer acto de virtude ou amizade era acompanhado por um prazer secreto; daí concluiram que a amizade e a virtude não poderiam ser desinteressadas. Mas a falácia disto é óbvia. O sentimento ou paixão virtuoso produz o prazer, e não surge a partir dele. Sinto prazer ao fazer o bem a um amigo porque gosto dele, mas não gosto dele por causa desse prazer. "
D. Hume

Bem-Fazer e Egoísmo

" Os que defendem o egoísmo descobriram que qualquer acto de virtude ou amizade era acompanhado por um prazer secreto; daí concluiram que a amizade e a virtude não poderiam ser desinteressadas. Mas a falácia disto é óbvia. O sentimento ou paixão virtuoso produz o prazer, e não surge a partir dele. Sinto prazer ao fazer o bem a um amigo porque gosto dele, mas não gosto dele por causa desse prazer. "
D. Hume

Bem-Fazer e Egoísmo

" Os que defendem o egoísmo descobriram que qualquer acto de virtude ou amizade era acompanhado por um prazer secreto; daí concluiram que a amizade e a virtude não poderiam ser desinteressadas. Mas a falácia disto é óbvia. O sentimento ou paixão virtuoso produz o prazer, e não surge a partir dele. Sinto prazer ao fazer o bem a um amigo porque gosto dele, mas não gosto dele por causa desse prazer. "
D. Hume

2007-01-03

Relativismo Moral

"O relativismo moral é doutrina segundo a qual a moralidade e a imoralidade das acções variam de sociedade para sociedade, não havendo, assim, normas morais absolutas obrigando igualmente todos os homens, ou seja que devam ser seguidas por todos onde quer que vivam."
J. Ladd
. Confronta este texto com o espírito e os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos :
. À luz deste princípio, do relativismo moral, pode-se julgar alguém por 'crimes de guerra' ?
. Terá sentido a figura do chamado 'crime contra a humanidade?